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Pesquisadores da Unicamp criam colírio que evita perda de visão por diabéticos

A criação do colírio significa uma inovação e revolução na cura da cegueira por diabetes

Colírio e diabetes
Colírio é novo aliado contra a diabetes. | Foto meramente ilustrativa

 

A hipoglicemia, que é o excesso de açúcar no sangue, pode comprometer diversos órgãos de quem é diabético. Se não for tratada de forma adequada, a diabetes pode desencadear outras doenças secundárias, além de complicações como a perda de visão e até mesmo amputação de membros inferiores. Mas a boa notícia é que os cientistas estão empenhados em descobrir formas de acabar com esses feitos colaterais da doença. Na última semana, postamos aqui no site uma notícia sobre um Hidrogel brasileiro que evita amputação em diabéticos. Lembra? E a novidade é esse colírio que ajuda a evitar a cegueira em diabéticos. Maravilhoso, né!?

Uma das complicações da doença é a retinopatia diabética, que é quando o excesso de açúcar no sangue causa danos nos vasos sanguíneos dentro da retina. Esses danos podem levar gradativamente à cegueira.

Mas um grupo de pesquisadores da Faculdade de Engenharia química e da faculdade de ciências Médicas da Unicamp pode ter achado a solução deste problema! Eles criaram um colírio que previne e combate a perda de visão de diabéticos. Eles levaram 20 anos para desenvolver este colírio. Vale ressaltar que quem sofre de outras doenças que prejudicam a visão, como o glaucoma, também pode ser beneficiado com essa inovação. Ou seja, trata-se de uma formulação farmacêutica altamente promissora para a oftalmologia.

De acordo com a pesquisadora da FCM Jacqueline Mendonça Lopes de Faria, a maior vantagem deste produto é o fato dele não ser invasivo. Além de não oferecer riscos e impedir as mudanças neurodegenerativas que atinge os diabéticos. Já o tratamento convencional é feito de forma invasiva, como cirurgia, fotocoagulação com laser e injeções intravítrea.

Eficácia do colírio

Os benefícios dessa fórmula já foram comprovados em testes feitos no laboratório da Unicamp. Mas o medicamento ainda não pode ser comercializado, porque precisa passar pela fase de testes clínicos em seres humanos antes de chegar às farmácias. Ainda não previsão de quando os testes vão começar, pois eles dependem de empresas que tenham interesse em fazer o licenciamento da tecnologia.

Nos testes feitos com roedores diabéticos, o colírio foi eficaz na proteção do sistema nervoso da retina e não apresentou efeitos colaterais.

Tecnologia vence o Prêmio Empreenda Saúde

Em 2016, o desenvolvimento desta tecnologia foi muito divulgado em jornais e noticiários do Brasil. Com isso, despertou o interesse da população e também de empresas e laboratórios farmacêuticos. Em 2018, o projeto concorreu e venceu a quarta edição do Prêmio Empreenda Saúde, iniciativa da Fundação Everis e do Hospital Sírio-Libanês que tem o objetivo de incentivar o empreendedorismo e inovações tecnológicas que tenham potencial de ser aplicadas na área da saúde e transformar isso em benefícios para a população.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Diabetes, atualmente, aqui no Brasil, 13 milhões de pessoas são diabéticas. Isso representa 6,9% da população do país.

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Redação por Jenneffer Dutra

03/06/2019 – 15h18

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