Saúde de professora de 92 anos melhora após ato de caridade
A neta conta que ela parece até mais nova depois que voltou a lecionar
A professora aposentada, Ione Nóbrega, de 92 anos, que há poucos dias estava doente e disse que quase passou para o plano espiritual, disse que voltar a lecionar lhe deu uma nova disposição de vida.
Com a chegada da nova cuidadora dela, Maria, de 35 anos, dona Ione teve de se acostumar com uma pessoa nova, e logo, conversar para poderem criar uma espécie de vínculo. O que a aposentada não esperava ouvir era que Maria não sabia ler ou escrever.
A partir daí, Ione pegou para si a missão de ensinar a cuidadora, que é mãe de 3 filhos, a ler e escrever. O que ela não esperava era que esta “tarefa” iria ajudar na saúde. A neta de dona Ione, Manuela Praxedes, tem 22 anos e é advogada. Ela explica como que foi quando a vô descobriu que Maria não sabia ler. “Quando a vovó soube disso, tratou logo de perguntar se ela queria aprender. Com a resposta afirmativa, vovó começou a ensinar”, conta.Dona Ione mora em Fortaleza, no Ceará.
A professora aposentada foi dona do colégio Instituto Nóbrega, na cidade. As aulas para Maria acontecem na casa de dona Ione e começaram este mês, assim que ela chegou para trabalhar. Em poucos dias apareceram os primeiros resultados. Isso porque em seu primeiro ditado Maria acertou praticamente todas as palavras ditas por dona Ione.
Vida nova
Houve resultado também para dona Ione, que voltou a fazer o que mais gosta na vida: ensinar! A neta conta que ela parece até mais nova depois que voltou a lecionar.“Ganha a Maria com conhecimento, ganha a vovó com rejuvenescimento e ganhamos nós que podemos presenciar uma cena tão linda e edificante”, comemorou Manuela.
O melhor professor do mundo
Mas não é só no Brasil que ações como a de dona Ione acontecem. O queniano Peter Tabichi ganhou o título de melhor professor do mundo. Peter ganhou um milhão de dólares do Global Teacher Prize, o “Nobel” da educação, no Atlantis Hotel, em Dubai. Ele é um frade Franciscano e professor que ganhou notoriedade por ter doado 80% de seu salário para os pobres na remota aldeia de Pwani, no Quênia.
Na escola em que Peter dá aulas, existe apenas um computador com acesso à internet de má qualidade. Ele ensina ciência para estudantes do ensino médio na aldeia semi-árida de Pwani, em que quase 30 por cento das crianças são órfãs ou têm apenas um dos pais.
Na entrega do prêmio, Tabichi usou uma túnica franciscana. Ele revelou que o mais distante que havia viajado antes foi para Uganda. A ida para Dubai também marcou sua primeira vez em um avião.“Eu me sinto ótimo. Eu não posso acreditar. Eu me sinto muito feliz por estar entre os melhores professores do mundo, sendo o melhor do mundo”, disse Peter.
O queniano superou outros nove candidatos, dentre eles a professora brasileira Débora Garofalo, que ensina robótica na Escola Ary Parreiras, na periferia de São Paulo.
Redação por Jhade Marinho
04/04/2019 – 14h16
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