Solidariedade: 5 mil pessoas fazem filas para salvar menino com câncer
Caso de caridade aconteceu no Reino Unido
Quando um grupo de pessoas se mobiliza por uma causa, é difícil de segurar. Quase cinco mil ficaram na fila, na chuva por horas, em Birminghan, região central do Reino Unido, para ver quem tinha a combinação de células-tronco compatível para ajudar um menino que está lutando contra o câncer.
Oscar Saxelby-Lee, de 5 anos, foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda. Os médicos disseram à família que ele tem apenas três meses para encontrar um doador para ajudar a curar seu câncer.
Com a notícia, os pais do menino, Olivia Saxelby e Jamie Lee, lançaram o apelo nas redes sociais chamado “Hand in Hand for Oscar” (em De mãos dadas por Oscar, traduzindo) para encontrar algum doador.
A intenção dos familiares era conseguir que muita gente se inscrevesse para o registro de doadores de células-tronco do sangue.
E, mesmo com as condições climáticas diversas, mais de 4.800 fizeram fila lado de fora da escola de Oscar.
Redes sociais dão incentivo para a campanha de caridade
A instituição de caridade que hospeda a unidade afirmou que o recorde anterior para um único evento foi de 2.200 pessoas. Ou seja, a campanha de Oscar mais do que dobrou o número.
Através das redes sociais, a escola onde o menino Oscar estudou não escondeu a felicidade pelo feito: “Não há palavras para expressar nossos sinceros agradecimentos e amor por milhares de pessoas incríveis que apareceram na Escola Primária de Pitmaston neste fim de semana”.
Oscar está atualmente sob os cuidados de médicos no Hospital Infantil de Birmingham. Ele já passou por 20 transfusões de sangue e quatro semanas de quimioterapia.
Para a imprensa britânica, a mãe destacou o lado positivo de seu filho. “Oscar é um garoto divertido, amoroso e cheio de energia, de cinco anos, que merece viver ao lado de outros soldados que lutam contra doenças tão horríveis. Ele não precisa apenas aproveitar uma vida normal que uma criança deveria viver, ele agora precisa de alguém mais para salvá-lo“, lembrou ela ao jornal britânico “The Telegraph”.
Por enquanto, não há informação se algum dos doares do último fim de semana é compatível porém a corrente positiva prevalece. Não só no Reino Unido, mas em todo o mundo.
Sobre a doença
A LLA, leucemia linfoblástica aguda, é um tipo de lesão que afeta o sangue e a medula óssea. É caracterizada por uma produção excessiva de glóbulos brancos não maduros, denominados linfoblastos, que se multiplicam continuamente na medula óssea e substituem as células normais do sangue. Esta situação provoca anemia, trombocitopenia, e neutropaenia em diversos graus.
A leucemia linfoide aguda pode atingir o timo, um pequeno órgão localizado na parte anterior do tórax, pressionando a traqueia, causando tosse ou dificuldade respiratória.
O aumento do timo pode também comprimir a veia cava superior (veia que leva o sangue da cabeça e braços de volta ao coração) provocando o retorno do sangue para as veias, alteração que é conhecida como síndrome de veia cava superior. Isto pode causar inchaço na face, pescoço, braços e parte superior do tórax, dores de cabeça, tontura, e perda de consciência se afeta o fluxo ao cérebro.
Este tipo de leucemia é a doença maligna mais frequente nas crianças, representando cerca de 30% de todos os cancros e 80% das leucemias, com um pico de incidência nos entre 2 e 5 anos. A chamada LLA é pouco frequente nos adultos, representando cerca de 1 a 2% de todos os cancros e 20% das leucemias.
Redação por Adriano Dias
15/10/2019 – 10h41
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