Hemocentro bate recorde de doação de sangue no Carnaval
No ano passado, foram coletadas apenas 14 bolsas de sangue durante o mesmo período.
Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 3,3 milhões de pessoas são doadoras de sangue. Isso significa que, a cada mil pessoas, 16 doam sangue regularmente no Brasil. E a cada bolsa de sangue doada, até quatro vidas podem ser salvas. Você achou o número baixo? Acertou! Por isso a rede pública de saúde de todo o país está sempre reforçando a importância da doação regular.
E se as taxas já são consideradas baixas durante todo o ano, no período de Carnaval a situação piora. É nessa época que os estoques ficam praticamente zerados. Pensando nisso, o Hemocentro de Goiás fez uma ação solidária diferente este ano e o resultado foi surpreendente, com direito a recorde de doação de sangue.
Boa ação no Carnaval
Durante os quatro dias de folia, foram 399 atendimentos, 269 bolsas de sangue coletadas, 190 cadastros para doação de medula óssea e outros três de plaquetaféreses – que é a doação exclusiva de plaquetas. Com isso, o total de bolsas de sangue coletadas poderá salvar mais de mil pessoas. Neste mesmo período, no ano passado, foram registrados apenas 20 atendimentos, com 14 bolsas coletadas durante este período.
A Ação de Carnaval do Hemocentro de Goiás contou com uma unidade móvel em três pontos da capital e em Aparecida de Goiânia, durante a realização de eventos religiosos. Também foram disponibilizadas salas físicas de coleta em todo o Estado na segunda-feira de Carnaval e na quarta-feira de Cinzas.
Esse número recorde só foi possível graças às parcerias firmadas pela Hemorrede Pública de Goiás com a Arquidiocese de Goiânia e a Assembleia de Deus. A igreja concedeu o espaço para que a Unidade Móvel ficasse na Paróquia Sagrada Família no sábado de Carnaval e na Paróquia Nossa Senhora da Assunção, no domingo. Já na segunda e terça-feira de folia, a unidade foi para o Centro Cultural de Aparecida de Goiânia e também para a Goiânia Arena.
Segundo o padre Rodrigo de Castro, reitor do Santuário Sagrada Família, “é através de uma ação como essa que temos a certeza de que podemos ajudar os nossos irmãos, de que podemos juntos salvar vidas, porque doar sangue não é só vir aqui e coletar, doar sangue é doar vida genuinamente”.
A boa notícia é que todas as 269 bolsas coletadas ao longo do feriadão já estão sendo tratadas e serão distribuídas em breve para unidades de saúde de todo o Estado.
Como doar
Com o surgimento do novo coronavírus, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde atualizaram os critérios de doação nos bancos de sangue. Pessoas que estiveram em regiões onde houve casos confirmados do vírus não poderão realizar doação de sangue por 30 dias. Essa contagem é feita a partir da data de retorno da área afetada.
O prazo também será aplicado a quem teve contato com paciente infectado ou com suspeita da doença. Pessoas que tiveram dengue e/ou chikungunya, o tempo de espera também é de 30 dias. Em casos de zika, o período é de até 4 meses.
Caso você esteja em bom estado de saúde, é só seguir os seguintes passos:
– Estar alimentado, mas evitar mantimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação;
– Se for doar sangue após o almoço, aguardar 2 horas;
– Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
– Pesar no mínimo 50kg;
– Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem estar com os documentos necessários e formulário de autorização);
– Apresentar documento original com foto recente;
Se você é homem, pode doar no máximo quatro vezes por ano com intervalo de dois meses entre uma doação e outra. No caso das mulheres, são três doações anuais com intervalo de três meses.
Redação por Lohrrany Alvim
29/02/2020 – 09h48
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